Livramento de Deus: A Jornada de Paulo em Malta
Amados irmãos e irmãs em Cristo, que a graça e a paz do nosso Senhor Jesus estejam com vocês!
Hoje, vamos mergulhar na poderosa narrativa de Atos 28, explorando a história de Paulo após o naufrágio em uma ilha desconhecida chamada Malta. O texto que serve de base para nossa reflexão é Atos 28:3: "E havendo Paulo ajuntado uma quantidade de gravetos e pondo-os no fogo, uma víbora, fugindo do calor, lhe acometeu a mão."
Esta passagem nos ensina verdades profundas sobre o livramento de Deus, que se manifesta não apenas na ausência de problemas, mas na Sua presença e poder em meio a eles.
1. O Servo de Deus Continua Servindo, Mesmo Após as Tempestades
O capítulo 28 de Atos começa com um alívio: "E, havendo escapado, então souberam que a ilha se chamava Malta" (Atos 28:1). Mas a fuga do perigo não significou o fim do trabalho. Paulo não ficou parado após o naufrágio. Ele, um apóstolo experiente, estava ajudando a ajuntar gravetos.
Essa atitude nos mostra que, mesmo após crises e grandes livramentos, Deus quer que sigamos ativos. A vida cristã não é uma aposentadoria, mas um serviço contínuo. O verdadeiro livramento começa quando obedecemos a Deus mesmo cansados, mesmo em meio à adversidade.
2. A Bondade de Deus se Manifesta em Lugares Desconhecidos
Em terra estranha, sem saber o que os aguardava, os náufragos foram recebidos com bondade. "E os bárbaros usaram conosco de não pouca humanidade; porque, acendendo uma grande fogueira, nos recolheram a todos, por causa da chuva que caía e por causa do frio" (Atos 28:2).
Essa passagem revela que o favor divino age onde menos esperamos. Mesmo em uma ilha "bárbara", Deus levantou pessoas com coração bondoso para ajudar Seus servos. A mão de Deus não está limitada a lugares conhecidos ou a pessoas que já nos conhecem. Ele age em qualquer lugar para prover o que Seus filhos precisam.
3. Mesmo Servindo, Ainda Enfrentamos Ataques
É neste contexto de serviço e bondade que o ataque acontece. Paulo, ajuntando gravetos para a fogueira, é picado por uma víbora (Atos 28:3). É crucial notar que a serpente não atacou enquanto Paulo estava inativo, mas sim no serviço.
Isso nos ensina uma verdade fundamental: ataques não significam ausência de Deus. Pelo contrário, muitas vezes, é no meio do nosso serviço mais zeloso que o inimigo tenta nos atingir. Deus permite esses ataques não para nos destruir, mas para revelar o Seu poder no livramento, glorificando Seu nome e fortalecendo nossa fé.
4. O Livramento de Deus Confunde os Que Esperam o Mal
Ao ver a serpente pendurada na mão de Paulo, os habitantes de Malta tiraram uma conclusão precipitada: "Certamente este homem é homicida... o juízo não o deixa viver" (Atos 28:4). Eles esperavam que a picada fosse fatal, como um castigo divino por um crime imaginário.
A lição aqui é que o juízo precipitado dos homens não determina o destino dos justos. As pessoas podem prever o nosso fracasso, a nossa queda ou a nossa morte, mas a última palavra pertence a Deus. Ele tem o poder de transformar acusações em um poderoso testemunho do Seu favor.
5. A Fé Verdadeira Vence o Veneno da Serpente
O que Paulo fez após o ataque é a chave para o livramento. "Mas, sacudindo ele a víbora no fogo, não padeceu nenhum mal" (Atos 28:5). Sua atitude não foi de desespero ou medo, mas de fé e autoridade. Ele simplesmente sacudiu a serpente no fogo, rejeitando o ataque e seguindo em frente.
O livramento veio quando Paulo ativou sua fé. A fé verdadeira não nos mantém inativos, esperando que Deus aja sozinho. Ela nos impulsiona a resistir ao mal com confiança, sabendo que o poder de Deus se manifestará. Sacudir a serpente simboliza a nossa resistência ativa contra as ciladas do inimigo.
6. Deus Transforma a Expectativa de Morte em Testemunho de Vida
Os malteses, que esperavam a morte de Paulo, ficaram perplexos: "esperando muito e vendo que nenhum mal lhe sucedia, mudaram de parecer, dizendo que era um deus" (Atos 28:6). Aqueles que esperavam sua queda viram sua permanência e poder.
O livramento de Deus é um testemunho visível e inegável da Sua graça. Ele transforma a expectativa de morte em um testemunho de vida, fazendo com que o mundo perceba que somos guardados por um poder maior.
7. O Livramento Prepara o Caminho Para a Cura e o Milagre
O livramento de Paulo não foi o fim da história em Malta, mas o prelúdio de um grande mover de Deus. Após a picada, ele foi levado à casa de Públio, o principal da ilha, cujo pai estava doente. "Paulo, entrando, orou por ele, e, impondo-lhe as mãos, o curou" (Atos 28:8). A cura do pai de Públio abriu a porta para que toda a ilha de Malta fosse ministrada.
Deus nos livra não somente por misericórdia, mas também para nos usar. Onde Deus te livra, Ele te quer operando milagres. O livramento de Paulo foi o prelúdio do seu ministério de cura. Assim também, os livramentos em nossas vidas são oportunidades para que a mão de Deus se manifeste através de nós, levando esperança e milagres a outros.
Veja também
- Faça da Oração um convite para Deus agir . Mar 5:22 , 23 ; 1: 40-42 .
- Por que Pedis, e não Recebeis? Tiago 4: 3
- Quem busca, acha. Jer 29:13
Conclusão
O que a história de Paulo em Malta nos ensina? Que o verdadeiro livramento é uma jornada de fé, serviço e milagres, onde a presença de Deus se manifesta com poder, transformando desafios em testemunhos e ataques em oportunidades para a Sua glória.
Em qual área da sua vida você precisa sacudir a serpente e ativar a fé para ver o poder de Deus se manifestar?
Sofrimento Justiça
Os inimigos de Deus vão zombar e tentar humilhar os cristãos. Mesmo no meio da morte, é para Sua glória -2Ti 4: 6, Jo 21: 18-19. Se Deus permite que os cristãos sofram, quanto mais para aqueles que não obedecem? Mas Deus também dá o livramento ao cristão para testemunhar, abençoar e glorificar. Estamos comprometidos com Aquele que julga com justiça -1Pe 2:23
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Autor: Ronaldo G. Silva é Bacharel em Teologia e Professor de Homilética sendo Pós-Graduado em Educação pela UFF. Entusiasta do trabalho de evangelização e divulgação da Palavra de Deus.