Jó: Como um Cristão passa pela Crise? (Tiago 5:11)
- ¹¹ Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso. Tiago 5:11
O acusador alega que ninguém ama a Deus por motivos puros, mas apenas por bênçãos materiais (1.10). Para refutar as acusações de Satanás, Deus permite que ele ataque Jó com duas séries de agressões. Em sua tristeza, Jó lamenta o dia de seu nascimento, mas não nega a Deus (1:21; 2:10).
A vida é imprevisível. Crises, sofrimento e tempos difíceis são inevitáveis. Assim como enfrentamos desafios em nossa sociedade, a história de Jó nos lembra que a dor é uma experiência humana universal. Jó perdeu tudo em um único dia: sua riqueza, seus servos e, mais tragicamente, todos os seus filhos. Sua dor foi ampliada por uma doença física e pelo conselho de sua esposa para que amaldiçoasse a Deus.
Como a crise atingiu Jó? As Perdas de Jó em um dia.
1. Seus bois, jumentos e seus servos por atacantes sabeanos
2. Suas ovelhas e seus servos para "fogo de Deus do céu"
3. Seu camelo e seus servos para atacantes caldeus
4. Seus filhos e filhas são mortos em um tornado
Confiança de Jó em Deus (1 e 2) muda para reclamação e crescente auto-justiça (3 - 31; veja 32: 1 e 40: 8), mas seu arrependimento (42: 1-6) leva a sua restauração (42: 7 -17). As provações trazem uma transformação importante: o homem depois do processo é diferente do homem antes do processo.
Hoje, vamos explorar a resposta de Jó a essa pergunta e tirar lições valiosas para nossa própria jornada.
1. Jó Lamentou, Mas não como o Mundo
A primeira reação de Jó à notícia devastadora foi lamentar. Ele rasgou seu manto e rapou a cabeça, expressando uma profunda tristeza.
A dor é real. A Bíblia não nos chama a negar nosso sofrimento ou a fingir que a dor não existe. O Livro dos Salmos, por exemplo, está cheio de hinos de lamento e tristeza. Jesus, nosso Salvador, também lamentou e chorou. A dor é um sentimento humano legítimo.
O Lamento Oferecido a Deus: A beleza da resposta de Jó é que, em vez de se encher de raiva e amargura, ele derramou sua dor diante de Deus através da adoração. Ele não se cortou ou se mutilou como os pagãos de sua época. Ele sentiu a dor, mas a direcionou para o Único que poderia compreendê-la. Quando levamos nossa dor à presença de Deus, ganhamos uma perspectiva que nos permite enxergar além das circunstâncias.
- ²⁵ Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. Jó 19:25
Deus revela Sua autoridade soberana e desafia Jó com duas ilustrações de Seu poder de controlar o incontrolável. Desta vez, Jó responde reconhecendo seu erro com um coração arrependido (42: 1-6).
2. A Adoração Genuína é a Primeira Resposta
Apesar de tudo que perdeu, a reação imediata de Jó foi cair no chão e adorar.
Adoração Pura: Essa adoração não se baseava em sentimentos ou circunstâncias favoráveis. Jó adorou mesmo quando o sofrimento o esmagava. O diabo previu que Jó amaldiçoaria a Deus, mas foi surpreendido ao ouvir um louvor. Isso prova que a adoração em meio à dor é a mais pura, pois revela um coração que ama a Deus por quem Ele é, não pelo que Ele dá.
Jó se arrepende de sua rebelião 42: 4-6.
- ⁵ Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos. Jó 42:5
Adoração como um Ato de Fé e Confiança: Adorar em meio ao sofrimento é um ato de fé. É dizer a Deus: "Mesmo que eu não entenda, eu confio que o Senhor é bom." Jó confiou na soberania de Deus, sabendo que os planos de Deus são mais elevados que os nossos (Isaías 55:8-9). A fé não promete respostas fáceis, mas oferece a certeza de que Deus está no controle.
3. A Perspectiva Eterna de Jó
A adoração de Jó foi nutrida por uma perspectiva divina e inabalável.
Reconhecendo a Fonte de Tudo: Jó declarou: Jó 1:21 “Nu saí do ventre de minha mãe e nu partirei. O Senhor o deu e o Senhor o tirou; louvado seja o nome do Senhor.” Jó entendeu que tudo o que possuía era um presente de Deus. Ele não atribuiu seu sucesso ao seu próprio esforço, mas à bênção de Deus. Essa perspectiva o impediu de se orgulhar de sua fortuna e o preparou para a perda.
Deus no Controle: Jó sabia que, por mais que as tragédias tivessem causas imediatas (bandidos, tempestades), a mão soberana de Deus estava em controle. Ele não culpou os outros, mas olhou para o Doador. Essa confiança o impediu de ceder à raiva e à amargura.
Deus revela Seu poder e sabedoria como Criador e Preservador do mundo físico e animal.
Jó responde reconhecendo sua própria ignorância e insignificância; ele não pode oferecer refutação (40: 3-5).
Ver também:
- O fraco feito forte - Juízes 6: 1-6
- O Senhor está do teu lado. João 8: 1–11 Salmos 118: 6
Conclusão
A história de Jó nos ensina que a verdadeira crise da fé não é questionar "por que eu?", mas sim a nossa resposta a essa pergunta. A primeira reação de Jó à sua tragédia foi a adoração. Ele lamentou, mas sua dor foi oferecida a Deus. Ele se humilhou e louvou o nome do Senhor, mostrando que sua fé estava enraizada na pessoa de Deus, e não em suas bênçãos.
A fé não é uma emoção, mas uma decisão. Você já decidiu que adorará a Deus, independentemente das circunstâncias? Se você ainda não fez essa escolha, hoje é o dia de se condicionar a responder à crise com adoração, em vez de desespero.
Jó Confessa Falta de Compreensão 42: 1-3 dizendo "Eu sei que tu podes fazer cada coisa , e que nenhum pensamento pode ser impedido de ti." Afirma Quem é aquele que esconde o conselho sem conhecimento? e vislumbra coisas maravilhosas demais para mim, que eu não sabia.
O Cristão passa pela crise conhecendo Deus pessoalmente, e não de ouvir falar. Experiência com Deus.
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Autor: Ronaldo G. Silva é Bacharel em Teologia e Professor de Homilética sendo Pós-Graduado em Educação pela UFF. Entusiasta do trabalho de evangelização e divulgação da Palavra de Deus.

