Estudo Bíblico sobre Os Cavaleiros do Apocalipse Ap. 6:2-8
Os Quatro Cavalos do Apocalipse
O Cavalo Branco
- ² E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer. Apocalipse 6:2
Este cavalo branco é o primeiro de quatro cavalos de cores diferentes, semelhantes aos cavalos vistos por Zacarias ( Zc 1:8 ; 6:2-6 ). Dentro do contexto do livro do Apocalipse, o branco representa justiça. “O cavalo branco... surge como um emblema da justiça, embora não haja garantia de que a justiça seja mais do que aparente.”
PublicidadeMuitos acreditam que este cavaleiro é Jesus Cristo devido às semelhanças com Cristo na Segunda Vinda (Ap 19:11-16) e à cor branca do cavalo (1:14; 2:17; 3:4, 5, 18). Eles citam as semelhanças entre estes versículos e aqueles em Apocalipse 19:11-16 . Embora existam algumas semelhanças, há muitas outras diferenças. O homem neste cavalo não é o Cristo.
· 1) É Jesus quem está quebrando os selos, Apocalipse 6:1 . Como Jesus pode estar no Céu abrindo os selos e cavalgando este cavalo branco ao mesmo tempo?
· 2) Este cavaleiro usa uma “ coroa ”; Jesus usa “ muitas coroas ”.
· 3) Este cavaleiro usa um " stephanos ", uma coroa de vitória. Sua coroa é um prêmio. Jesus usa muitos " diademas ", as muitas coroas do Rei dos Reis.
· 4) O cavaleiro nestes versículos tem sua coroa “ dada a ele ”. Este homem foi nomeado rei dos homens. Este cavaleiro recebe uma coroa que ele conquistou. Jesus usa Suas coroas por Quem Ele é, não pelo que Ele fez. Ele é o Rei dos Reis por direito de nascença. Jesus não recebe uma coroa, Ele “ dá ” coroas, Apocalipse 2:10 .
· 5) Este cavaleiro carrega um “ arco ”. Jesus carrega uma “ espada ”, Ap. 19:15 .
Não é o cavalo branco que carrega Aquele que é Fiel e Verdadeiro em Apocalipse 19:11 + . Pois é o Cordeiro que acaba de soltar o Cordeiro. primeiro selo enviando este cavaleiro. Viola toda a lógica que a mesma pessoa esteja abrindo o selo e enviando a si mesma.
O Cordeiro quebra o selo para executar esse julgamento, então o Cordeiro e o cavaleiro devem ser pessoas diferentes. O branco nem sempre representa o que é sagrado (Mt 23:27; At 23:3) e, portanto, pode indicar que o cavaleiro apenas busca enganosamente parecer santo (cf. Mt 24:5; coroas, 12:3; vitórias, 11:7; 13:7).
A única coisa em comum entre os cavaleiros de 6:2 e 19:11-16 é a cor branca. Eles diferem em muitos aspectos.
- propósitos (conquista vs. retribuição justa)
- equipamento (arco vs. espada)
- nomes (anônimo vs. “Fiel e Verdadeiro”)
- companheiros cavaleiros (nenhum contra exércitos do céu)
- tempo (início vs. fim da tribulação) e
- contexto (associação com outros cavaleiros malignos vs. conquista do Anticristo).
A questão da coroa
στέφανος [ stephanos ], geralmente usado para a coroa ou coroa de um vencedor, mas nem sempre .
Uma polêmica, é que esta coroa, sendo um stephanos e não uma diadema , indica que o cavaleiro não pode ser Cristo. Não é assim, pois Cristo também é encontrado usando tal coroa ( Mt. 27:29 ; Mc. 15:17 ; Jo. 19:2 , 5 ; Hb. 2:9 ). A evidência de que este cavaleiro é diferente de Cristo deve ser derivada de outros fatores.
Soberania de Deus
Foi dado a ele ἐδόθη [ edothē ], voz passiva . Embora o cavaleiro provavelmente acredite ter conquistado sua própria coroa (cf. Is 45:1-4 ; Pv 21:1 ; Dn 2:21 ; Dn 2:37 ; 4:25 , 31-32 ; 5:21 ), ela só lhe é concedida com permissão. Tudo o que procede da abertura dos selos está sujeito à permissão daquele que está sentado no trono e do Cordeiro. A soberania de Deus é fortemente enfatizada em todo o livro do Apocalipse — não há nada que transpareça que o próprio Deus não conceda autoridade para tal.
O Cavalo Vermelho
⁴ E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada. Apocalipse 6:4
πυρρός [ pyrros ]: “Como uma cor vermelha ardente, vermelha (como fogo).” 30 A mesma cor do dragão em Apocalipse 12:3 + .
Tirar a paz da terra
Embora o cavaleiro branco O cavalo parece conquistar por meio de negociação e evita derramamento de sangue, mas isso não dura. Eventualmente, ele mostra sua verdadeira face quando o segundo cavaleiro se junta à cavalgada — trazendo guerra e morte.
Deve matar uns aos outros
σφάξουσιν [ sphaxousin ]: “Abater... De matar uma pessoa pela violência... massacrar ou assassinar alguém ” 31 . A mesma raiz descreveu o Cordeiro “como se tivesse sido morto ” ( Ap 5:6+ ) . Este será um tempo de derramamento de sangue sem precedentes que irá perfurar para sempre a visão ingênua do humanismo que o homem é inerentemente bom.
O segundo selo (cavalo vermelho) traz guerra para descrever como o Anticristo controla o mundo como líder político (cf. Mt 24:6-7a).
Tudo o que ele precisava fazer era tirar a paz da terra . Uma vez que essa paz – a dádiva de Deus ao homem – foi tirada, os homens rapidamente se precipitaram com guerra e destruição.
- a. A paz entre os homens e entre as nações é uma dádiva de Deus. Não é o estado natural das relações entre os homens.
- b. E foi concedido : Esta autoridade foi concedida ao cavaleiro. Este é, direta ou indiretamente, o julgamento de Deus.
- c. Que as pessoas se matem : Nossa era moderna é marcada por guerras e conflitos.
Este cavaleiro recebe uma " grande espada ". A palavra " grande " refere-se à extensão da guerra
O Cavalo Preto
- ⁵ E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer o terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança em sua mão. ⁶ E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho. Apocalipse 6:5,6
Preto é μέλας [ melas ] que é usado “De roupas usadas no luto... como a cor do mal.” 33
Aqui o preto fala de julgamento e fome, pois o cavaleiro carrega uma balança usada para pesar alimentos e indicar sua escassez.
O terceiro selo (cavalo preto) permite que o Anticristo use a fome para controlar os preços das commodities e mostrar seu controle econômico global (cf. Mt 24:7b).
A balança simbolizava a necessidade de medir e racionar cuidadosamente os alimentos. Isso fala de uma época de escassez .
O versículo 6 nos conta algo sobre os problemas que existirão durante esse período. Uma " medida " bíblica seria comida suficiente para alimentar um homem adulto e trabalhador por um dia. Um " penny " refere-se ao " denário ", que era o salário de um dia. O trigo é o alimento com o qual o pão é feito. A cevada era usada principalmente para alimentar o gado e, às vezes, era consumida pelos mais pobres.
Isso descreve "um período de fome em que a vida será reduzida ao mais básico necessário".
A fome sempre surge após a guerra. Assim, guerras mundiais gerarão fomes mundiais. Jesus falou sobre isso em Mateus 24:7.
Não danifiquem o azeite e o vinho : Contudo, as coisas melhores estarão disponíveis para aqueles que podem comprá-las. Ainda haverá o azeite e o vinho que não devem ser danificados.
O Cavalo Amarelo (Pálido)
- ⁸ E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com mortandade, e com as feras da terra. Apocalipse 6:8
Pálido é χλωρός [ chlōros ] do qual derivamos clorofila , que denota a pigmentos verdes encontrados em plantas. Pode denotar uma aparência manchada, como a azedinh. Aqui denota “a cor de uma pessoa doente em contraste com a aparência de saúde”, pois o nome do cavaleiro do cavalo amarelo é morte ( θάνατος [ thanatos ]).
Corretamente, “amarelo-esverdeado”, como os jovens grama ou verde trigo. Homero aplica-o ao mel, e Sófocles à areia. Geralmente, "pálido, pálido". Usado para uma névoa, de mar-água, de tez pálida ou biliosa. Tucídides usa-o para a aparência de pessoas atingidas pela doença da peste (ii., 49). Em Homero, é usado para a palidez do rosto de medo, e assim como diretamente descritivo do medo (“Ilíada”, x., 376; xv., 4). De madeira de oliveira (“Odisseia”, ix., 320, 379) cuja casca é cinza. 49
A palavra para descrever a cor do quarto cavalo, chlōros (“verde-claro”), é a cor da grama e de outras vegetações em Marcos 6:39 e Apocalipse 8:7+ ; 9:4+ , mas, no contexto atual, designa o verde-amarelado da decadência, a palidez da morte. É uma cor acinzentada que representa um rosto descorado pelo terror. Lembra um cadáver em avançado estado de corrupção
Morte, e Hades seguiu
A morte e o Hades são aqui personificados. Esses dois são frequentemente encontrados juntos nas Escrituras, pois o Hades é o destino dos não salvos ao passarem pelo portal da morte . Essa parece ser a relação deles aqui, porque o Hades seguiu atrás da Morte
Poder foi dado a eles
O poder supremo está com Deus, que permite o julgamento de Seus propósitos.
Um julgamento surpreendente quando visto em relação aos dias de hoje a população:
Espada. . .fome... morte... bestas
A quádrupla fonte de julgamento sugere seu alcance global.
Dizem-nos que o cavaleiro deste cavalo amarelo é a " morte ". Também nos é dito que o " inferno " o segue. A palavra " morte " fala da morte do corpo. A palavra " inferno " nos lembra que existe um lugar horrível esperando para receber as almas dos homens perdidos quando eles são levados pela morte.)
Foi-lhes dado poder sobre um quarto da terra, para matar : O poder foi dado ao cavaleiro, e dado por Deus. Embora todo o inferno se instale na terra, Deus está no controle. Ele ainda segura o pergaminho e abre os selos.
Veja também
Conclusão
O capítulo seis de Apocalipse, os quatro cavalos do Apocalipse é um choque para os sentidos. Nos dois últimos capítulos, fomos autorizados a testemunhar cenas de adoração celestial .Nesta passagem, veremos imagens da ira divina . Os cavaleiros do Apocalipse representam uma cena cheia de dor e sofrimento .Nos capítulos quatro e cinco, estivemos sentados em " lugares celestiais " observando " cenas de alegria ".No capítulo seis, somos levados a "lugares terrestres" para observar " cenas de julgamento "
Referências
https://www.preceptaustin.org/revelation-6-commentary
https://enduringword.com/bible-commentary/revelation-6/
https://sermonnotebook.org/revelation/Revelation%206_1-8.htm
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Autor: Ronaldo G. Silva é Bacharel em Teologia e Professor de Homilética sendo Pós-Graduado em Educação pela UFF. Entusiasta do trabalho de evangelização e divulgação da Palavra de Deus.
