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Estudo Bíblico: Um Apóstolo de Deus. Gálatas 1

Estudo Bíblico: Um Apóstolo de Deus. Gálatas 1

Paulo, apóstolo (não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos), Gálatas 1:1

Paulo: O Apóstolo de Cristo, Não dos Homens

A epístola de Paulo aos Gálatas começa de forma incomum e impactante. Diferente de suas outras cartas, ele vai direto ao ponto, sem a saudação calorosa de costume. Isso acontece porque a sua autoridade apostólica estava sendo questionada, e ele precisava defendê-la com urgência. Paulo se apresenta não como um apóstolo "da parte dos homens, nem por intermédio de homem algum", mas como um enviado "por Jesus Cristo e por Deus Pai".

Nessa carta, Paulo está enfrentando o que podemos chamar de "oponentes". Esses falsos mestres, provavelmente da tradição judaica, estavam tentando minar sua credibilidade e confundir os cristãos na Galácia. Eles alegavam que o apostolado de Paulo não era legítimo e, por isso, sua mensagem sobre a salvação pela graça era questionável.

O Ataque à Autoridade de Paulo

Paulo estava sendo atacado em várias frentes. Seus oponentes argumentavam que:

  • 1. Recebeu seu apostolado por meio do homem (Gálatas 1.11)
  • 2. Seu ensino ele recebeu de outros (Gálatas 1:12)
  • 3. Ele não tem a aprovação de outros apóstolos (Gálatas 2: 2-6)
  • 4. Ele não foi reconhecido como apóstolo pelos outros apóstolos (Gálatas 2: 9)
  • 5. Sua autoridade era inferior à dos doze (Gálatas 2: 11-14)


A Resposta Contundente de Paulo

A primeira parte da carta é a resposta de Paulo a essas acusações. Ele organiza sua defesa em três seções principais:

I. A Reivindicação de sua Vocação (Gálatas 1:1-5)

A carta começa com a sua "carta de apresentação". Ele se autodefine como apóstolo por uma vocação divina, não humana. Isso é a base de toda a sua argumentação. A fonte de sua autoridade não é a Igreja em Jerusalém, nem Pedro, nem Tiago, mas o próprio Jesus Cristo e Deus Pai. A seguir, ele envia saudações e explica que a salvação, segundo o evangelho que ele prega, vem da graça de Cristo, que se entregou por nós para nos resgatar do mundo mau.

II. O Aviso Solene (Gálatas 1:6-9)

Em seguida, Paulo se dirige ao problema central: a aceitação de um "outro evangelho" pelos gálatas. Ele os adverte com veemência sobre a mensagem distorcida que estavam recebendo. Para ele, só existe um evangelho, o da salvação pela graça de Cristo. Qualquer outra mensagem que exija o cumprimento da Lei de Moisés para a salvação é falsa. O tom aqui é forte e sem rodeios. Ele chega a usar uma maldição, dizendo que qualquer um, inclusive ele mesmo ou um anjo do céu, que pregue um evangelho diferente seja amaldiçoado. Essa é uma forma de enfatizar a gravidade da situação e a seriedade de sua mensagem.

III. As Provas de sua Autoridade (Gálatas 1:10-24)

Nesta seção, Paulo oferece as evidências que sustentam sua reivindicação de ser um apóstolo independente, com uma mensagem vinda diretamente de Deus.

    • Sua Motivação: Ele começa perguntando: "Procuro eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus?". Ele está deixando claro que não busca a aprovação humana, pois isso corromperia sua mensagem. Ele se preocupa apenas em agradar a Deus.

    • A Origem de seu Evangelho: Ele insiste que o evangelho que ele prega "não é de origem humana". Ele não o recebeu de nenhum homem nem foi ensinado por alguém, mas o recebeu "por revelação de Jesus Cristo".

    • O Testemunho de sua Vida: Para provar que não teve contato significativo com os apóstolos em Jerusalém após a sua conversão, ele detalha sua história:

        1. Sua vida antes da conversão (versículos 13-14): Ele era um perseguidor violento da Igreja, um fariseu zeloso que superava em fanatismo muitos de sua idade. Isso demonstra o quão radical e improvável seria sua conversão, a não ser por uma intervenção divina.

        2. Sua conversão (versículos 15-17): Ele descreve como Deus o separou "desde o ventre de sua mãe" e o chamou "por sua graça". A revelação de Jesus Cristo não veio para ser discutida com "carne e sangue" (ou seja, com outros homens), mas sim para que ele a pregasse aos gentios.

        3. Primeira visita a Jerusalém (versículos 18-20): Somente três anos após sua conversão ele foi a Jerusalém, e ficou por apenas 15 dias, encontrando-se apenas com Pedro e Tiago. Ele jura diante de Deus que o que está dizendo é a pura verdade, mostrando a seriedade de sua afirmação.

        4. Sua estada na Síria e Cilícia (versículos 21-24): Depois de Jerusalém, ele partiu para outras regiões. Ele ressalta que as igrejas da Judeia nem sequer o conheciam pessoalmente, apenas sabiam do seu ministério e glorificavam a Deus por sua transformação.

Com esses fatos, Paulo demonstra de forma inegável que seu evangelho não foi aprendido com os apóstolos em Jerusalém, nem sua autoridade veio deles. Ambas vieram diretamente de Deus. Ele não estava buscando o aval humano, pois o seu chamado era uma revelação direta de Cristo. Sua vida e ministério eram, por si só, a prova irrefutável de sua vocação divina.


Estudo Bíblico: Um Apóstolo de Deus. Gálatas 1

Veja também

Conclusão

1. Mesma mensagem para várias igrejas (v. 2)

2. Se os apóstolos e os anjos podem estar errados - qualquer outra pessoa também pode (vv. 8-9)

3. Falsos mestres serão amaldiçoados (vv. 8-9)

4. Possibilidade de apostasia (vv. 6-7)

5. Se procura agradar aos homens - não servo de Cristo (v. 10)

6. Falsos mestres (não fiéis) perturbam as igrejas (v. 7)

7. Divindade de Cristo (contraste com o homem vv. 11-12)


D.V. R.


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Autor: Ronaldo G. Silva é Bacharel em Teologia e Professor de Homilética sendo Pós-Graduado em Educação pela UFF. Entusiasta do trabalho de evangelização e divulgação da Palavra de Deus.
 

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